Talvez o poeta Juvenal não quisesse se referir exatamente à saúde do cérebro quando, no século II, cunhou a famosa expressão em latim “mens sana in corpore sano”, que pode ser traduzida como “mente saudável em um corpo saudável”. No entanto, estudos recentes provam que ele estava mais que certo ao escrever esses versos na Sátria X.

Uma pesquisa publicada na Frontiers in Neuroscience apontou que existe uma forte relação entre a saúde neurológica e os grandes músculos da perna, como o quadríceps. A ativação dos membros inferiores, em determinadas atividades, como correr, agachar e saltar, envia sinais para o cérebro vitais para a produção de células neurais.

Neste artigo, explicaremos melhor essa relação entre atividade física e a saúde do cérebro, segundo estudos mais recentes. Boa leitura!

A importância da atividade física para a saúde do cérebro

O estudo elaborado por pesquisadores das universidades de Pavia e Milão, na Itália, revela que a privação de mobilidade pode ser prejudicial para células-tronco neurais. Isso acontece tanto com pacientes que sofrem algum tipo de patologia que prejudique sua função motora como com astronautas que passam um longo tempo no espaço, por exemplo.

Quando os movimentos dos membros inferiores são limitados, as consequências podem ser ainda mais graves. Em um teste com animais, a falta de atividade física diminuiu o número de células-tronco neurais em até 70% em camundongos que tiveram os movimentos restritos, quando comparado com aqueles que puderam se movimentar livremente.

Outra revelação é a de que tanto os neurônios como os oligodendrócitos não se desenvolveram corretamente no primeiro grupo. Ou seja, segundo o estudo, o trabalho muscular com os membros inferiores envia importantes sinais para o desenvolvimento do sistema neurológico e é importante em pessoas de qualquer idade.

As outras pesquisas provam o mesmo

O estudo publicado recentemente não é o único que associa condicionamento do cérebro humano com a musculatura dos membros inferiores. Uma pesquisa do King’s College, de Londres, na Inglaterra, atestou que quem tem pernas com musculatura mais desenvolvida também tem cérebro mais “em forma”.

Os cientistas britânicos avaliaram 162 duplas de irmãs gêmeas, totalizando 324 mulheres, ao longo de 10 anos. Nesse período, avaliaram raciocínio, memória e capacidade de aprendizado, além da forma física das participantes.

O resultado foi que as mulheres com um estilo de vida mais saudável e pernas mais desenvolvidas muscularmente tiveram uma perda cognitiva muito menor que outras sedentárias com o avanço da idade.

É importante se manter em forma

Com a relação entre saúde do corpo e da mente comprovada, fica claro que é preciso se manter ativo para evitar o desgaste da função cognitiva.

E claro, a prática de exercícios com o corpo também é benéfica para evitar diversos outros problemas de saúde, aumentando a resistência e a expectativa de vida da pessoa.

Ao mesmo tempo, é normal que, com o avanço da idade, a realização de atividades físicas seja mais difícil, pois o corpo já não é mais o mesmo que o da juventude. Por isso, pode ser interessante investir em suplementos, como o Bodybalance, para evitar a sarcopenia e contribuir para a melhora da massa magra.

Restou alguma dúvida sobre como a saúde do cérebro é afetada pelo corpo? Pergunte nos comentários abaixo!

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