O risco cardiovascular é algo que vem preocupando muito os profissionais de saúde. Afinal, intercorrências envolvendo esse sistema representam consequências graves nos pacientes, uma das maiores causas de morte ou que deixa graves sequelas no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, apesar de existirem medicamentos e tratamentos eficientes para diminuir o risco cardíaco, o profissional pode adotar algumas abordagens alternativas como prevenção. Um exemplo muito interessante é o estilo alimentar chamado dieta Plant-Based.
Neste artigo, você acompanhará com mais detalhes essa abordagem alimentar. Para tanto, apresentamos o seu conceito, estudos que corroboram com sua eficácia e métodos de execução. Confira!
O uso da dieta Plant-Based para redução do risco cardiovascular
A dieta Plant-Based é um estilo alimentar que foca no consumo de verduras, hortaliças, legumes, grãos integrais, sementes, frutas e, até mesmo, laticínios com baixo teor de gordura. Desse modo, para a ingestão das proteínas, recomenda-se a ingestão de peixes, limitando o consumo de carne vermelha e alimentos processados. Principalmente, os que contêm açúcar na sua composição.
Nesse sentido, o objetivo é proporcionar uma vasta absorção de nutrientes essenciais para o corpo, eliminando ao máximo o consumo de alimentos inflamatórios. Assim, diminuindo a inflamação crônica, um dos principais causadores de doenças que geram o risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes.
Os estudos que corroboram a abordagem
A dieta Plant-Based não é uma invenção ou algum tipo de modismo. Isso porque existem estudos que comprovam a sua eficácia e os seus benefícios para a saúde. O levantamento mais recente foi conduzido por pesquisadores franceses e brasileiros, em uma publicação do British Medical Journal (BMJ).
Foram selecionados mais de 100 mil voluntários com idade média de 43 anos. Ao longo de 2 anos eles preencheram diários alimentares contendo tudo que comiam em cada dia. Assim, foi constatado que com a inclusão de apenas 10% de alimentos que estão fora da dieta Plant-Based — como ultraprocessados — aumentou em 12% o risco cardíaco.
Um resultado, no mínimo, preocupante. Além disso, outro grande levantamento foi feito reunindo 2 grupos. O primeiro realizava uma dieta do tipo Plant-Based. Por outro lado, o segundo grupo não implementou esse estilo alimentar, ficando livre para se alimentar da forma que bem entendesse.
O resultado foi que o grupo 2 teve um aumento sensível no risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Assim, chegando a 32%. Nesse mesmo público, a chance de desenvolver o diabetes tipo 2 saltou para 16%.
Os benefícios que podem ser conquistados
Uma dieta desse tipo, além de reduzir o risco cardiovascular, promove uma série de outros benefícios que têm relação com melhorias no estilo de vida e bem-estar geral do paciente. Entre eles, podemos destacar:
- a redução da inflamação crônica, promovendo o aumento global de saúde e eliminando ou reduzindo sinais e sintomas de outras doenças;
- a potencialização da capacidade cognitiva atrapalhada por alimentos ricos em açúcar e produtos químicos;
- a promoção da beleza estética. Ou seja, promovendo melhoras no aspecto da pele, dos cabelos e das unhas dos pacientes.
Como você pôde perceber, os benefícios da dieta Plant-Based ultrapassam os limites dos cuidados com o risco cardiovascular. Contudo, além da implementação dessa abordagem, é fundamental a prática de atividades físicas ao paciente. Ela potencializará os seus resultados, agregando ainda mais vantagens à vida dos pacientes.
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