Apesar de já serem produzidos há muito tempo, os hormônios bioidênticos chamam agora a atenção do mercado como uma opção mais eficaz em relação aos hormônios sintéticos. Os tratamentos de reposição hormonal vêm sendo cada vez mais procurados, o que (também) é reflexo de uma população que envelhece em maior número.
A quantidade de hormônios começa a diminuir gradativamente cerca de 1 a 3% a partir dos 25 ou 30 anos. Em idades mais avançadas, a queda atinge porcentagens bem maiores. Nas mulheres, por exemplo, o estrogênio cai 30% aos 50 anos. Já a progesterona sofre uma redução de 75% entre 35 e 50 anos, com declínio contínuo.
Assim, crescem os tratamentos (Modulação ou Reposição Hormonal) em que os bioidênticos são adotados. É preciso ficar atento, pois essa é uma demanda potencial importante para o Setor Magistral e suas farmácias de manipulação.
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O que são hormônios bioidênticos
Hormônios são substâncias químicas essenciais para o funcionamento correto do corpo humano. Eles regulam uma série de funções e se refletem no estado emocional do indivíduo que, diante de uma produção hormonal deficiente, pode apresentar quadros de estresse e depressão, assim como tende a ocorrer na menopausa, por exemplo.
Isso sem falar nas implicações físicas, tais como ganho de peso, rugas, fadiga constante e aumento dos riscos de doenças, em alguns casos.
Apesar de não serem encontrados na natureza, os hormônios bioidênticos são substâncias sintetizadas de modo que sua estrutura molecular e química seja igual à dos hormônios naturalmente achados no corpo humano. Sua atuação apresenta um caráter mais fisiológico e natural no organismo, pelo qual são aceitos com melhores resultados.
A ministração desses hormônios só deve ser realizada a partir da prescrição de um endocrinologista, que estará apto a receitar a dosagem adequada para as reposições pertinentes a cada pessoa.
Quem pode utilizar hormônios bioidênticos
A Terapia de Reposição Hormonal Bioidêntica é uma alternativa mais segura e eficaz para o tratamento hormonal de pacientes que precisem desse tipo de cuidado.
Naturalmente, ela só é indicada para aqueles que tiveram problemas identificados pelo endocrinologista, que vai prescrever o tratamento mais adequado para equilibrar os hormônios do corpo.
Normalmente, a produção hormonal já começa a sofrer alterações significativas após os 30 anos. Em idade mais avançada, homens e mulheres sofrem uma queda expressiva na chamada menopausa (mulheres) e andropausa (homens), sendo que a alteração da primeira é bem mais drástica que a segunda.
O uso de hormônios bioidênticos também pode ser recomendado para atletas de alto nível que sofrem queda de performance por algum desequilíbrio hormonal.
É importante destacar que esse tipo de tratamento é diferente do uso de hormônios com o objetivo de se obter vantagens sobre outros atletas, o doping. Com a terapia de reposição hormonal, um atleta pode apenas alcançar um nível máximo definido pelas organizações esportivas, que geralmente é o mesmo que o de uma pessoa comum.
O tratamento com hormônios serve apenas para equilibrar alguma produção hormonal que seja deficiente e esteja causando prejuízos reais à performance do atleta. Nesse caso, ela é autorizada e acompanhada pelas autoridades e entidades antidoping.
Mitos e fatos sobre os hormônios bioidênticos
Ainda existem muitas dúvidas e questionamentos sobre os hormônios bioidênticos e suas potenciais aplicações. Pensando nisso, vamos discutir alguns dos mitos e fatos sobre eles por aqui. Confira:
Hormônios bioidênticos não causam efeitos colaterais
MITO. Qualquer tipo de substância no corpo pode causar efeitos indesejados, se não for administrada na dose correta. Até mesmo a água pode trazer prejuízos se for ingerida em grandes quantidades.
Apesar de os hormônios bioidênticos serem mais bem-aceitos pelo organismo, eles devem ser prescritos por um profissional que saberá receitar a dosagem ideal para cada paciente, evitando efeitos colaterais.
Por essa razão, as farmácias magistrais são especialmente importantes para esse tipo de tratamento, já que o produto pode ser manipulado na quantidade certa para cada pessoa.
As reações aos hormônios variam entre homens e mulheres
FATO. O sexo biológico é determinante em relação aos hormônios de cada paciente. Além de terem níveis e tipos de hormônios diferentes, homens e mulheres reagem de forma distinta ao tratamento de reposição hormonal.
Geralmente, os homens terão uma resposta mais rápida aos efeitos de uma terapia de reposição hormonal, enquanto as mulheres precisam de um tratamento ainda mais cuidadoso.
Hormônios bioidênticos engordam ou emagrecem
FATO. Mas só se esse for o objetivo do tratamento. A perda de peso pode ser alcançada mais facilmente com a reposição hormonal, assim como o ganho de massa, se for essa a finalidade desejada.
Com a correção dos hormônios da tireoide, por exemplo, é esperado que aconteça uma alteração de peso no médio prazo, mas tudo isso será considerado pelo endocrinologista que estiver conduzindo o tratamento.
Hormônios bioidênticos ajudam no combate aos vírus
FATO. O tratamento com hormônios bioidênticos pode ajudar a tratar infecções causadas por vírus e bactérias, especialmente quando existe uma relação desses com a variação do cortisol, que é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais.
Além disso, hormônios também podem ajudar em tratamentos de outras doenças, como problemas no sistema cardiorrespiratório e a correção dos níveis de colesterol.
Hormônios Bioidênticos disponíveis
Confira a seguir alguns hormônios que podem ser utilizados no mercado magistral em sua versão bioidêntica — sempre mediante a avaliação médica, clínica e laboratorial de cada indivíduo:
Testosterona masculina e feminina
A redução da testosterona no corpo masculino causa efeitos como perda de massa muscular, diminuição da libido e ereção, ganho de gordura corporal, depressão e risco de doenças cardiovasculares. Nas mulheres, o problema também afeta o desejo sexual, massa muscular e gordura corporal.
Progesterona
A progesterona atua (sobretudo) em todo o corpo feminino. Fisicamente, ela é um diurético natural, aumenta a densidade óssea (previne osteoporose), age no ciclo menstrual, na gravidez e na embriogênese humana como um todo. Já emocionalmente falando, é capaz de gerar um estado mental mais relaxado.
Estrogênios
A deficiência de estrogênios na menopausa, por exemplo, induz uma série de complicações, como: redistribuição da gordura corporal, osteoporose, ofuscamento do brilho da pele, perda da libido e lubrificação vaginal, falhas de memória, depressão e as famosas ondas de calor.
Novos estudos têm apontado que o estrogênio produzido naturalmente pelo organismo é um neuroprotetor. São esses os hormônios: Estriol, Estradiol, Progesterona e Testosterona.
Cortisol
Em níveis adequados no sangue, controla a liberação da adrenalina e potencializa a resistência frente a situações estressantes, o que se reflete na capacidade de trabalho. O abatimento nos níveis de cortisol leva a sintomas como fadiga, inflamação, hipotensão e depressão.
GH — Growth Hormone (Hormônio do Crescimento)
Em adultos, baixos níveis de GH podem prejudicar a qualidade de vida frente a consequências como baixa autoestima, cansaço, menor resistência a atividades físicas, depressão, aumento da gordura corporal e osteopenia. Estudos recentes têm demonstrado que o hormônio pode reverter determinados aspectos ligados ao envelhecimento.
Hormônios da Tireoide (Tiroxina e Tri-iodotironina)
O declínio dos hormônios tireoidianos provoca elevação do LDL (colesterol ruim) e da gordura corporal, diminuição da energia, frio nas extremidades do corpo e até perda de memória.
Pregnenolona
Por ter função de neurotransmissor e estimular a neurogênese, pesquisas vêm indicando que a pregnenolona pode auxiliar o processo da memória. Seu declínio se dá após os 30 anos.
Sua farmácia já trabalha com hormônios bioidênticos? Aprenda mais sobre porque vale a pena investir neles ao ler o nosso artigo “Afinal, por que investir em Hormônios Bioidênticos na minha farmácia?”!