Duas modalidades novas no Brasil em tecnologia para o consultório são o consultório online e a telemedicina. Ambas são ferramentas para melhorar a relação médico-paciente. A primeira é uma estratégia que reúne grande parte das informações, disponíveis para médicos e pacientes, na internet. Essa é uma tecnologia que permite o acesso a dados importantes, como agenda médica, prescrições, canais de comunicação, prontuários e a gestão do consultório.
Essa ferramenta online é uma tendência que tem permitido o tratamento de vários pacientes. Sem contar que já é uma realidade que precisa fazer parte dos seus investimentos, pois proporciona melhores resultados financeiros e de gestão.
Já a telemedicina, ou atendimento médico à distância, é uma forma de realizar o diagnóstico do paciente de forma remota. Com a chegada da COVID-19 no Brasil, desencadeada pelo novo coronavírus, o Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou ofício para o Ministério da Saúde com a decisão de liberar, excepcionalmente, a ampliação da telemedicina no país. Essa decisão durará até o fim da pandemia.
Por isso, neste artigo você vai saber como ambas ferramentas funcionam e como elas podem ser implementadas pelo profissional da saúde.
Como funciona a telemedicina?
Na segunda, dia 23 de março de 2020, a Portaria no 467/2020 do Ministério da Saúde, publicada no Diário da União, estabeleceu como seria encaminhado o atendimento médico online no país. Apesar de pouca gente saber, a modalidade já tinha sido aprovada por meio da Resolução CFM nº 1.643/2002 e, desde 2002, médicos faziam a leitura de laudos e realizavam consultas com outros médicos. Este último caso acontece no Hospital Albert Einstein, um dos mais renomados do país.
O caráter excepcional desta nova autorização visa ampliar as possibilidades de atendimento ao paciente. Será possível realizar um atendimento pré-clínico, suporte assistencial, consulta, monitoramento e diagnóstico. Dessa forma, com o intuito de reduzir os contágios por coronavírus e aperfeiçoar os serviços médicos no país, a telemedicina pode ser uma estratégia inovadora para a área da saúde brasileira.
O que está permitido na telemedicina?
Segundo a portaria aprovada, a telemedicina deve ser “mediada por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção da saúde“. Essas tecnologias devem ser de comunicação audiovisual e de dados. Elas precisam garantir a privacidade do paciente e o sigilo de informações. Inclusive, devem ser ferramentas seguras e que garantam a integridade dos dados trocados.
Além disso, o CFM decidiu aprimorar os serviços médicos prestados, liberando as seguintes atividades:
- Teleorientação: para que profissionais da medicina realizem à distância a
orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento; - Telemonitoramento: ato realizado sob orientação e supervisão médica para monitoramento ou vigência à distância de parâmetros de saúde e/ou doença;
- Teleinterconsulta: exclusivamente para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Aliás, é importante ressaltar que a telemedicina e suas diretrizes são aplicadas tanto na rede pública quanto privada. Estão autorizadas quaisquer atividades da área da saúde, ou seja, o paciente poderá ser atendido por qualquer médico especialista. As informações trocadas no atendimento médico online devem ser registradas em prontuário clínico, com data, hora, tecnologia usada, dados do paciente e número do Conselho Regional Profissional do médico.
E a receita?
Ao final do atendimento, os médicos estão autorizados a prescrever receita médica e emitir atestado eletrônico. Portanto, é importante que a plataforma usada para a prática da telemedicina possa armazenar do prontuário à receita e os demais procedimentos realizados com o paciente, incluindo a anamnese clínica.
Sendo assim, é uma maneira de promover a saúde da população e facilitar o acesso ao serviço médico em regiões brasileiras onde há escassez de profissionais. Sob esse ponto de vista, rompe barreiras entre pacientes e médicos, melhora a gestão de tempo do médico, além de conectar diferentes profissionais da saúde.
Outra maneira de melhorar essa relação com o paciente é contar com um consultório online. Continue a leitura para saber mais.
Qual a utilidade do telediagnóstico nesse cenário?
Quando falamos de consultório online, não podemos nos esquecer da importância dos avanços tecnológicos na medicina. Atualmente, a área da saúde conta com máquinas de alta performance que melhoram a prestação de serviço e deixam o paciente mais à vontade, seja por meio do atendimento presencial, seja pelo serviço home care.
De modo geral, a transformação digital é cada vez mais favorável e ajudou a trazer grandes melhorias para a medicina diagnóstica, principalmente no período crescente de casos de COVID-19. Diante desse cenário, o ideal foi apostar em medidas estratégicas e levar conforto aos lares de pessoas em busca de reduzir as possibilidades de aglomeração.
Nesse ínterim, cresceu o investimento em telediagnóstico nos consultórios e nas clínicas. Para entender outros detalhes sobre esse processo, reunimos mais algumas informações a seguir.
O conceito de telediagnóstico
Atualmente, é possível avaliar exames à distância e investir na elaboração e envio de laudos em um tempo reduzido a fim de agilizar a adesão pelo tratamento dos pacientes. Sobretudo, aqueles que se encontram acamados, com dificuldades de locomoção ou que moram em áreas distantes dos grandes centros urbanos.
De modo geral, essa definição é o que resume o significado do telediagnóstico. Além disso, esse processo agrega muito valor no momento da elaboração do diagnóstico. Afinal, por meio da tecnologia, o médico poderá considerar o histórico do paciente, ter imagens com riqueza de detalhes e acesso a dados pertinentes de maneira fácil e segura.
Tudo isso reunido em um software inteligente que reduz certos custos operacionais e promove a produtividade dentro do seu consultório online. Portanto, é um serviço que melhora o atendimento e propaga o crescimento do seu diferencial competitivo no mercado.
As regulamentações para o uso do telediagnóstico
De modo geral, todo consultório online que presta serviços de telediagnóstico precisa seguir tanto a Resolução nº 2.107/2014 quanto a Resolução nº 1.643/2002 que diz respeito às boas práticas na área de telemedicina. Logo, é fundamental conhecer e implementar o que a CFM recomenda para esse tipo de processo nos consultórios.
Aliado a isso, o consultório deve seguir os parâmetros impostos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), visto que ela já está em vigor no nosso país e o descumprimento tem como consequência o pagamento de uma multa que chega a 2% do faturamento do estabelecimento.
A relação entre telediagnóstico, telessaúde e telemedicina
Em suma, esses são termos que não têm o mesmo significado, mas um complementa o outro. Como bem sabemos, o telediagnóstico tem a característica de prestar exames e diagnósticos à distância. Portanto, essa é uma entre tantas variações de serviços que a telemedicina dispõe nos dias de hoje, a qual utiliza a tecnologia para intermédio de atendimentos.
Além dele, existem o prontuário eletrônico em nuvem, o telemonitoramento e a teleconsulta. Sob esse ponto de vista, podemos dizer que todas essas possibilidades têm a função de melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e usar a tecnologia a favor da saúde. Em outras palavras, propagar o conceito da telesaúde.
Os benefícios para profissionais de saúde e pacientes
Além de reduzir o tempo médio de um tratamento, o telediagnóstico traz benefícios a longo prazo ao seu consultório online. Por exemplo, a padronização de processos, agilidade no atendimento, redução de custos operacionais e maior economia de recursos devido ao uso da tecnologia, tanto dos pacientes quantos dos médicos especializados.
Qual a principal tendência na telemedicina?
Certamente, uma tendência que agrega muito valor ao seu consultório online é o metaverso. As cirurgias robóticas já são uma realidade. Nesse contexto, com a ajuda da realidade virtual (VR) e a realidade aumentada (AR) os profissionais poderão prestar assistência médica e romper de vez barreiras no atendimento.
Além disso, o conceito traz grandes vantagens para a área de saúde, como eficácia no tratamento com ajuda de recursos virtuais e interatividade com os pacientes em atendimento à distância. Ademais, tudo isso traz mais assertividade e agilidade na elaboração dos diagnósticos.
Como ter um consultório online?
Percebe-se que a procura por consultas médicas em ferramentas de busca só cresce. Esse hábito acontece devido aos pacientes procurarem crescentemente por um atendimento dinâmico e personalizado.
Para oferecer um atendimento de qualidade é preciso se dedicar ao que realmente importa: seus pacientes. Contudo, saiba que ter um consultório online vai além de um bom sistema eletrônico, pois não é isso que constrói uma eficiente gestão do consultório, apenas a revela.
No entanto, são poucos os médicos que estão investindo nessa tecnologia, e estes já conseguiram ter um bom retorno. Para implementar e garantir que essa ferramenta online funcione corretamente, é preciso investir em um sistema de gestão médica online.
Entre as principais iniciativas para implementar um consultório online, citamos as seguintes.
1. Use ferramentas de marketing digital
Se você quer alavancar o seu relacionamento com os seus pacientes, foque em ferramentas de marketing digital! As redes sociais são essenciais para estratégias de marketing. Além disso, funcionam tanto para atrair quanto para fidelizar e aumentar a satisfação dos clientes. Por fim, são canais baratos e fáceis de manter, em que você contribuirá com dicas sobre saúde.
2. Utilize um sistema de gestão, em vez de papéis
Implantando um bom sistema de gestão, você poderá registrar, assinar e armazenar todos seus documentos no meio eletrônico. Por isso, é uma solução que substitui e elimina os documentos em papel.
3. Adote um prontuário eletrônico em seu consultório online
Um consultório online requer o uso de prontuário eletrônico, a fim de manter os dados de seus pacientes na internet. Essa é uma forma de o médico ter acesso em qualquer lugar e momento aos dados, com apenas um aplicativo no dispositivo móvel. Além disso, é possível padronizar as informações para deixar o atendimento ainda mais eficaz.
4. Usufrua do receituário e pedido de exames online
Prescrições médicas costumam gerar problemas, como a dificuldade para entender a letra do médico. Ademais, o paciente pode perder, rasurar e até tomar o remédio na dosagem errada. Com o receituário online, esses problemas são sanados, tornando o procedimento mais eficaz. Evita-se, portanto, o uso de papel.
5. Crie uma página na internet para seu consultório online
Ao incluir sua clínica na internet ela será encontrada facilmente pelos potenciais pacientes. Não deixe, porém, de investir em profissionais capacitados para ranquear a sua página nos buscadores, como o Google. Isso permitirá que ela fique nas primeiras posições nas pesquisas, gerando um aumento nas consultas agendadas.
6. Tenha uma agenda online
Ao contar com uma agenda online, você terá maior controle sobre suas consultas, especialmente se atender em mais de um consultório. Outro benefício é que ela permite colocar seus horários disponíveis em uma plataforma, o que agrada muito os pacientes. Dessa forma, eles poderão fazer o agendamento das consultas no dia e horário mais convenientes, de forma rápida.
Então, gostou de saber o quão eficaz é a telemedicina e ter um consultório online? Compartilhe as nossas dicas nas redes sociais e auxilie outros profissionais da saúde!
*Estas informações são direcionadas exclusivamente a profissionais prescritores
Referências: iClinic, Portal CFM, UOL, PEBMED, Exame e Medicina Direta.
